domingo, 19 de janeiro de 2014

MAIS UMA RESENHA de OUTONO!!! Blog Leitores Compulsivos

Hoje é o dia das parcerias e das resenhas: Eu fico um tempinho sem postar e volto cheia de novidades!

Eu já falei que resenhas positivas vindas do público masculino me encantam, porque mostra que Outono não agrada somente às mulheres. Dessa vez foi o Gustavo do Blog Leitores Compulsivos que me emocionou.
Principalmente porque ele disse que não estava apostando muito na leitura... Aí sim, ele me emocionou mesmo!

Vejam a resenha incrível que ele fez:

http://vampleitores.blogspot.com.br/2013/12/resenha-outono-valeria-schmitt.html

Resenha


Eu recebi este livro através da parceria com a autora Valéria Schimitt, quando eu recebi o livro meu interesse não era muito grande na história, eu achava que o livro seria apenas mais um romance, dentre os vários que eu leio sempre, mas eu estava enganado, este livro me encantou de uma forma espetacular, eu confesso que nunca tinha lido um livro que me surpreendeu como este. Eu sei que nas minhas resenhas eu sempre digo que o livro me surpreendeu, mas acho que a surpresa é o que torna o livro especial, você começar a ler um livro e depois tipo: ele ler você é uma coisa extremamente peculiar e que eu particularmente adoro.

Resenha do Blog Tami Garota Indecisa

Genteeee! Mais uma resenha falando super bem de OUTONO! Dessa vez foi a Tamires do Blog Tami Garota Indecisa que me encantou: Vejam lá:

http://tamigarotaindecisa.blogspot.com.br/2013/11/resenha-outono-valeria-schimitt.html

A resenha de hoje é muito especial, por que a Valéria antes de ser minha parceira aqui no blog, é minha amiga. Nos tornamos colegas bem antes de termos uma parceria, o que foi ótimo.
Demorei para postar esta resenha, e peço desculpas, mas valeu a pena.
Este livro assim como Golfinhos e Tubarões, entrou para a lista de favoritos do ano, e com classificação de 5 estrelas, isso mesmo, o livro é bom.




 Outono - Outono Mágico
Autora: Valeria Schimitt
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Onde comprar: Loja VirtualClube de Autores
Nota: ★★★★★ (05 estrelas)

Sinopse: Carolina Jardim é um adolescente que está tranquila e feliz com sua vida e sua escola e não entende por que sua mãe insiste em querer comemorar seu décimo sexto aniversário com uma grande festa, enviando convites a todos os seus colegas e parentes. É claro que a notícia da festa e da popular banda contratada para tocar muda a forma como seus colegas se relacionam com ela, incluindo Bernard, o jovem por quem ela tem uma queda. Durante a festa Carol conhece o lindo, mas enigmático Erick Thatcher, filho de um dos amigos de sua mãe. Ela também conhece uma mulher misteriosa, a venerável Ambrosina. Após todos os convidados de Carol saírem mais cedo e os somente os amigos de sua mãe permanecerem após a meia-noite, houve uma revelação: Eles eram todos bruxos e Carol também recebeu poderes que tinham sido tirados logo após o seu nascimento. Ela também descobre que tem um inimigo a combater e derrotar - Hypollitus - um feiticeiro malvado que quer ter todo o poder para governar. Carol é a única bruxa que pode derrotar esse monstro em uma batalha feroz. Através de sua luta para aceitar seu status diferente e tomar uma decisão sobre a aceitação de sua missão na vida, Carol amadurece deixando de ser uma garota socialmente desajeitada e tímida e se transformando em uma jovem mulher corajosa e forte, que ama intensamente e que encara a sua missão com coragem por causa do amor que ela descobre ter em seu coração por todos aqueles que dependem dela. Será que Carol vai conseguir derrotar Hipollytus e descobrir a verdadeira identidade de Erick no final? 

O livro é contado em terceira pessoa pela Carolina, uma menina aparentemente normal, até os seus 16 anos, onde sua mãe tem a bendita idéia de fazer uma super festa de aniversário para ela, e convidar a cidade toda, além de uma banda super famosa.

PARCERIAS Novíssimas!!!!!!!

Bem pessoal, essa é a primeira postagem do ano! Parece que meus feriados de Ano Novo foram um pouco maiores, hehe. MAs, entramos o ano com muuuita coisa nova: Resenhas, parcerias e muitas novidades!
Confiram aqui as novas parcerias:




A Paula Juliana do Blog Overdose Literária é uma das minhas novas parceiras e já fez uma postagem maravilhosa sobre isso
http://overdoselite.blogspot.com.br/2014/01/autores-overdose-literaria-parcerias.html?showComment=1390154787929#c7707882056189756660

Ela não fala muito sobre si mesma em seu Blog, mas, vejam o que ela escreveu: "Paula Juliana, 23 anos, Louca por livros, séries e Filmes. Ama esse mundo e tudo que faça parte dele."

Dá pra ver que é uma pessoa incrível, não é mesmo? Fiquei muito feliz com a parceria!



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A outra parceria é com uma Flor de pessoa: Letícia Golz do Blog Livros, vamos devorá-los!




 http://livrosvamosdevoralos.blogspot.com.br/

A Letícia é estudante de Biologia e uma devoradora de livros. Mora em Itanhaém (litoral sul de SP) e é apaixonada por animais, principalmente cachorros. Ela se considera também apaixonada pelo meio ambiente.
Um doce de menina!

Aqui está a postagem que ela fez  sobre a nossa parceria:


Vale a pena conferir o Blog dessa garota! Estou muito feliz Letícia! Beijos


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E não pára por ai não! Logo, logo chegarei com mais parcerias! Beijos

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Bate Papo - O Cantinho Literário

A Marcela, do Blog O Cantinho Literário me enviou uma entrevista que eu adorei responder! Ela me prometeu e, realmente, está fazendo um barulhão em cima do Pré- Lançamento de INVERNO , sem esquecer de OUTONO, claro.

O caso é que ela é apaixonada pelo Erick, rs. Não a culpo, também sou! Vejam aqui a entrevista e a postagem:

http://ocantinholiterario.blogspot.com.br/2013/12/bate-papo-com-o-autor-valeria-schmitt.html?showComment=1385951496507#c9209342399361714477

domingo, 1 de dezembro de 2013

INVERNO - Segundo Capítulo

Bom, pessoal! Eu havia pensado em esperar até o Blog chegar aos 350 participantes para postar o segundo capítulo de INVERNO, mas, não resisti e resolvi compartilhar. Afinal, o que é um escritor sem leitores, sem julgadores? Espero que vocês comentem e me digam o que acharam.

Com base nisso, aqui está, em primeira mão, o SEGUNDO CAPÍTULO de INVERNO!!!
Enjoy!

CAPÍTULO 2
A Solidão dói

Meu Deus, onde Erick estava? A última coisa que eu podia me lembrar era de ter adormecido nos braços dele, chateada e preocupada.  Desci correndo as escadas, sem me preocupar em tirar o pijama. Ainda estava cedo, mas, encontrei minha mãe na sala, sentada, talvez esperando que eu aparecesse para o café da manhã, pois, era segunda-feira e eu teria aula. Pelo visto meu pai já havia saído.
_ Mãe, onde o papai está?
_ Já saiu pro hospital, filha, bom dia pra você também, venha tomar café. _ ela me respondeu com um sorriso doce.
_ Ai meu Deus... _ gemi.
_ Por que Carol, você precisa dele com urgência? Aconteceu alguma coisa? Onde está o Erick? _ ela me atropelava com suas perguntas, sem me dar chance de responder. Via-se que estava preocupada.
Eu olhei para ela e, no meu olhar, ela viu que estava acontecendo alguma coisa aterradora. Ela estendeu os braços e eu me aninhei neles.
_ Erick sumiu _ falei num fio de voz.
Ela se afastou:
_ Como sumiu?
Eu contei a ela o meu sonho e como eu havia acordado sem ele ao meu lado. Normalmente as pessoas não dão muita atenção aos sonhos, mas, eu sou uma bruxa e sonhos devem ser levados em consideração. Minha mãe teve a reação normal que se esperaria dela:
_ Vou chamar seu pai. _ e, dizendo isso, ela fechou os olhos.
Alguns segundos depois, ela os abriu assustada:
_ Não consigo localizá-lo!
_ Ai meu Deus! _ respondi. _ Tenta chamar outra pessoa, mãe, Charlotte, Ambrosina, qualquer pessoa! Vou chamar o Erick. _ e aí foi a minha vez de fechar os olhos e não conseguir ver Erick em lugar nenhum.
Esse contato telepático que os bruxos fazem entre si é muito interessante. Quando queremos falar com alguém, pensamos fortemente nessa pessoa e nos conectamos a ela. Nesse caso, nós não conseguimos nos conectar com ninguém, nem com meu pai, nem com Erick. Era como se eles estivessem com um celular dentro de uma caixa de chumbo à prova de qualquer sinal...
Minha mãe reuniu todas as suas forças e enviou o “chamado”. Era um sinal que nossa comunidade bruxa fazia, tipo um S.O.S. para todos os membros, quando alguém estava em apuros. Isso era usado desde que Hypollitus se tornou uma ameaça perigosa.
Instantes depois, fumacinhas coloridas encheram a sala da minha casa. Charlotte e Robert, seguidos de Ambrosina chegaram primeiro. Logo depois, tia Samantha com a família e meus outros tios e primos. A família de Methe foi a última, como sempre, embora não se tivessem demorado.
_ Onde está Erick? _ uma preocupadíssima Charlotte perguntou.
Eu abaixei os olhos. Se nem ela que era a mãe dele sabia onde ele estava, o caso começava a ficar grave. Minha mãe começou a explicar atropeladamente sobre meu sonho e a falta de contato com meu pai.
_Por que não telefonamos para o hospital? _ a ideia me pareceu um pouco ridícula, considerando-se que nunca usávamos o telefone para comunicação entre bruxos, mas, aquela era uma emergência.
Minha mãe pegou o telefone e conversou rapidamente, desligando apreensiva, sem falar com meu pai.
_ Ele não chegou lá... A Tatiana disse que estava a ponto de telefonar para saber o motivo do atraso dele.
Isso estava significando que meu sonho tinha fundamento. Mas, é claro que nem tanto, meu pai não estava morto, é claro que não. Ele é um bruxo experiente, não se deixaria pegar com facilidade, não é mesmo?
Enquanto eu pensava nisso, meu rosto se enchia de lágrimas quentes. Charlotte me abraçou, enquanto tia Rovena levava minha mãe para se sentar e os outros começavam a discutir onde procurar por papai e por Erick.
Erick também havia sumido... Mas, meu sonho não falava nada sobre ele... Só se ele tivesse visto que alguma coisa estava acontecendo e tivesse ido atrás de papai. Então estava tudo certo, Erick era metade vampiro e Hypollitus não sabia disso, ele também era um bruxo poderoso e não deixaria Hypollitus (supondo que fosse ele que estivesse por trás disso) fazer nenhum mal ao meu pai.
Eu estava quase aliviada pensando nisso, quando, de uma hora para a outra, o dia virou noite em minha casa. Tudo escureceu. A casa tremeu tanto que não parecia que fosse ficar em pé. Houve uma ventania terrível e todas as janelas se abriram. Raios começaram a chicotear no interior da casa iluminando os rostos assustados dos presentes. Cortinas voavam, quadros se soltavam da parede, cristais se quebravam.
Hypollitus!
A porta da frente se abriu com um estrondo. Tudo se aquietou e a escuridão era a única coisa palpável. Os raios não iluminavam mais a sala. A claridade do dia voltou. Minha mãe se levantou, soltou um grito horrível e desmaiou nos braços de Robert. Eu segui seu olhar e também gritei.
Jogado no chão, pálido e inerte, com um ferimento estranho no lado direito do pescoço, jazia meu pai. A terrível coruja preta que me ameaçava no ano anterior pairou sobre ele por alguns instantes e despareceu em seguida.
Charlotte me abraçou e me levou para o outro canto da sala enquanto os outros bruxos corriam para socorrer papai. De onde eu estava eu podia ver os feitiços reanimadores de Ambrosina, as energias vitalizadoras de tia Samantha e nuvens de gases azuis e verdes em formatos estranhos sobre o corpo de papai, enquanto Methe e sua família se concentravam em sua cabeça fazendo movimentos cabalísticos.
Essa movimentação durou mais ou menos 15 minutos, período no qual minha mãe recobrou os sentidos. Depois tudo parou. Todos os bruxos que se ocupavam de papai se voltaram para nós, com os braços ao longo do corpo e a cabeça baixa. Seu corpo inanimado continuava na mesma posição em que fora jogado, minutos antes. Nada. Nem um sopro de vida. Então eu entendi. Estava acabado para ele. 24 de junho de 2013. Saudades de sua esposa e sua filha...
Apenas uma lágrima solitária desceu pelo meu rosto. Ao longe, como num sonho, eu ouvia o choro de minha mãe e as vozes das pessoas ao meu redor. A única coisa que eu conseguia enxergar era o meu pai, nada mais. Seu rosto pálido, seus lábios arrocheados, os olhos, antes tão penetrantes, agora fechados para sempre... Suas mãos estavam machucadas, como se ele tivesse lutado antes de... Eu não conseguia pensar na palavra “morrer”. Meus pés me levaram até ele e eu me ajoelhei ao seu lado.
Passei a mão pelo seu rosto enquanto a lembrança vívida do seu abraço me assaltava. Eu me lembrei do seu carinho quando eu quase morri enfrentando Hypollitus.
_ “Minha menina corajosa!” _ foi o que ele me disse quando me abraçou naquele dia. Onde estava minha coragem agora? Eu estava me sentindo tão sozinha! Sem Erick a situação estava pior, pois, pelo menos ele poderia me confortar um pouco, aliviar, com seu carinho, a indizível dor que me perfurava a alma.
Eu senti a mão de tia Samantha em meus ombros.
_Meu bem, nós precisamos ver o que fazer. _ nem todo o carinho com que ela me falou suavizou o significado de suas palavras. Fazer alguma coisa significava providenciar... Providenciar o quê? Enterro? Mandar meu paizinho para debaixo da terra? Significava que eu não nunca mais iria poder olhar nos seus olhos? Nunca mais sentiria seu abraço? Eu solucei. A dor no meu peito machucava. Eu a encarei, lívida e trêmula.
_ O que vocês vão fazer? _ estava claro que minha mãe não conseguiria tomar nenhuma atitude.
Como sempre, Methe se adiantou e fez a sua proposta, que acabou sendo aceita por todos:
_ Minha sugestão é que não devemos deixar a cidade alarmada com a morte de Albano. Não sabemos o que foi que o matou e temos nossos próprios meios de cuidar de nossos mortos. Encontraremos algum médico bruxo que poderá se passar por Albano por um tempo até que possamos fazer com que a ideia de sua morte seja melhor aceita pela cidade. Talvez uma doença grave que seja fatal depois de algum tempo. Não é bom que se espalhe que Albano foi assassinado. _ ele parou de falar e fungou de modo sentido. Josefina o abraçou.
_ Alícia, venha até aqui. _ ele continuou e minha prima se aproximou.
_ Você vai se transformar em Carol e irá à escola em seu lugar. Apresse-se porque já são quase sete horas.
Imediatamente eu vi na minha frente uma Carol com a blusa  do terceiro ano da escola e mochila nas costas. Alícia fechou os olhos e desapareceu.
_ Zacarias, procure por Meredith. Ele poderá substituir Albano no hospital. Diga que ele deverá se apresentar na Santa Casa como se fosse ele, atender seus pacientes e agir naturalmente. Depois explicaremos melhor o que precisa ser feito. Helena, chame os pais de Albano e traga também alguém que possa cuidar deles. Não se esqueça dos pais de Beatriz.
Meus avós moravam juntos, os dois casais, numa casa adorável no interior da floresta Amazônica.
Tia Helena foi atrás de meus avós e tio Zacarias saiu a procura desse cara que eu não sabia quem era, Meredith.
Arranjos feitos, era hora de saber o que fariam com papai. Ambrosina fez aparecer um altar de pedra no lugar onde ficava a mesa da sala e papai foi colocado lá. Pelo menos assim ele não estava do jeito jogado com que se encontrava no chão anteriormente. Ela se acercou dele e passou as mãos a alguns centímetros de seu corpo, em toda a sua extensão. Então ela parou e nos olhou, assustada:
_ Não consigo fechar seus ferimentos.
_ Então, a magia que o matou deve ter sido muito forte, Ambrosina. _ Josefina disse.
_ Eu pensei que havia sido um vampiro, devido ao ferimento no pescoço, mas, parece que foi algo pior. Não podemos simplesmente deixá-lo ir sem descobrir o que aconteceu. _ Ambrosina continuou.
_ O que você sugere? _ foi a vez de Methe perguntar, visivelmente apreensivo.
_ A única coisa que pode ser feita, meu amigo. Enviaremos Albano para o Templo Maior e o deixaremos aos cuidados dos “passageiros”.
_ Quem são esses “passageiros” que você quer que fiquem com meu pai? _ indaguei.
_ São os Dácios, um grupo de bruxos que vive recluso no Templo Maior e que cuida de desvendar novos feitiços e, por vezes, a cura para eles.
_ Você acha que eles poderão ressuscitar o papai?
Ambrosina me olhou com ternura:
_ Infelizmente não, minha querida. O que nós queremos é saber que tipo de feitiço o matou, junto com esse ferimento no pescoço. Por mais estudiosos e poderosos que os Dácios sejam, por mais que eles entendam de todo tipo de magia conhecida desconhecida para nós, eles ainda não foram capazes de trazer ninguém de volta do mundo dos mortos. Venha minha querida, você, como herdeira de seu pai, receberá também todo o seu poder, agora que ele se foi. Venha me ajudar a prepará-lo.
E ela fez com que aparecessem ao redor do altar sete candelabros, cada um com sete velas. A luz da manhã novamente deu lugar à escuridão e o ambiente ficou iluminado apenas com a chama bruxuleante das velas. Uma mortalha branca surgiu em minhas mãos e Ambrosina sinalizou para que eu cobrisse o corpo. Assim eu fiz, começando pelos pés, mas, quando chegou a hora de cobrir seu rosto, eu não consegui, minhas mãos tremeram e eu me debrucei em cima dele, chorando.
Minha mãe chegou perto e acariciou os cabelos de papai. Os outros bruxos se aglomeraram ao redor. Naquele momento, tia Helena chegou, acompanhada de meus avós, os pais de mamãe e os pais e papai, que choravam sentidamente.
Os pais de papai chegaram perto dele e sua mãe o beijou na testa. Seu pai estava visivelmente emocionado, embora não chorasse alto. Eles estenderam as mãos, num gesto de quem abençoavam a passagem do filho querido. Quando eles terminaram, se afastaram e deram lugar à Grande Mestra Ambrosina, que se aproximou cuidadosamente.
Ambrosina ergueu as mãos sobre o corpo de papai e, delas, caíam pingos de água dourada, enquanto ela recitava:
_ Katavul periyateh, Albano, anpu unkal periya kaikal pera, avar, nitiya oli kontu cella mutiyum periya anpu unkal itayam utaika mutiyatuteh, avarai nim matiyaka ceya. Enave atu irukiratu.
Eu não entendi o que Ambrosina recitou, mas, senti o Poder de suas palavras. O corpo de meu pai levitou por alguns instantes e, Ambrosina disse:
_ Dacios! Enkal cakotarar Albano pera.
Para meu desespero, o corpo desapareceu, enquanto raios vieram para cima de mim e desceram por sobre minha cabeça. Era o poder de papai passando para mim, penetrando em todo o meu ser. Eu pude ver o mundo do jeito que ele via, pude olhar as pessoas com o magnetismo que ele olhava. Era como se ele vivesse em mim.
Eu sabia que eu podia gritar, espernear e chorar e que tudo isso me seria permitido diante da imensurável dor que me invadia a alma. Mas eu não fiz nada disso, apenas duas lágrimas quentes e silenciosas desceram pelo meu rosto, não mais. Gritos desesperados não trariam meu pai de volta. Eu teria que ser forte.

A sala voltou ao normal. Eu me permiti cair no sofá com a cabeças entre as mãos. Alguém estava chamando minha mãe para se deitar um pouco. Outras pessoas confortavam meus avós, que vieram me abraçar. Eu me senti culpada. Se não fosse a perseguição de Hypollitus contra mim, meu pai estaria vivo. Minha avó me beijou, dizendo:
_ Se seu pai morreu salvando sua vida, ele morreu feliz, minha querida. _ Isso foi a pior coisa que eu escutei naquele dia... Meu pai morrer para me salvar... Eu desabei.
Charlotte se sentou ao meu lado. Eu sabia que ela sofria mais do que eu com a falta de notícias sobre Erick. A cerimônia de adeus ao meu pai, embora rápida, foi emocionante. Eu queria ter tido mais tempo com ele, queria poder ter-me despedido devagar... Mas, talvez tenha sido melhor assim: Saber que ele não estava debaixo da terra, como normalmente se faz com os mortos, me dava um certo alívio. Era como se, de repente, eu pudesse ir ter com ele, como se ele tivesse ido fazer uma longa viagem... Ambrosina soube suavizar com maestria a hora mais terrível da minha existência.
Já fazia bem uma hora que eu estava na mesma posição com Charlotte me acariciando os cabelos, tal qual seu filho o fazia, quando Alícia chegou da escola.
_ Como foi na escola Alícia? _ Methe perguntou.
_ Estranho... Muito estranho.
_ Como assim, estranho? _ poderia mesmo ter acontecido qualquer coisa na escola sem que ninguém da comunidade bruxa se apercebesse, pois, todos estavam com a mente ligada nos acontecimentos daquela manhã na minha casa.
Sem responder, ela me perguntou:
_ Carol, Sissi estava planejando algum tipo de intercâmbio fora do país?
_ Não, claro que não. Ela me contaria se estivesse indo fazer intercâmbio, com certeza me chamaria e teria contado ao Bernardo também.
_ Pois, te conto que a mãe dela a buscou na porta da escola e disse que o intercâmbio havia sido antecipado e que era para ela viajar hoje. Eu tentei me aproximar para impedi-la de levar Sissi, ou pelo menos perguntar alguma coisa, mas, uma força poderosa me manteve no chão, como se eu estivesse colada. Antes que eu pudesse fazer alguma coisa, D. Alexandra já a havia levado e eu não sei para onde.
Eu não tive dúvidas, mesmo com todo o meu sofrimento, fechei os olhos e me transportei para a casa de Sissi. Como a casa dela era um lugar que eu frequentava muito, eu pude aparecer do lado de dentro, sem problemas. Eu já não sentia mais náuseas quando me transportava daquela maneira, mas, naquele dia uma onda de enjoo se assomou em mim, me deixando tonta e suando frio.
_ Sissi! _ gritei enquanto andava pelo quintal da casa que estava toda fechada.
_ Sissi! _ Nada... Não vi nem ouvi ninguém. Nenhum sinal de vida humana. Nem a empregada estava em casa. Eu estendi a mão direita e a porta da cozinha se abriu. Eu entrei, apreensiva... Dessa vez eu já não chamava pelo nome dela.
Não havia ninguém em casa. Fui até o quarto de Sissi, estava tudo em seus devidos lugares e isso era muito esquisito, pois, ela não costumava deixar o quarto muito arrumado. O quarto de D. Alexandra também estava com tudo no lugar como se ninguém morasse lá. Essa não! Caraca! Sissi também havia sumido. Peguei o celular e liguei para Bernardo.
_ Alô! _ ele respondeu no outro lado da linha.
_ Bernardo, tudo bem? _ eu me esforçava para parecer normal, apesar dos choques daquele dia. _ Você tem notícias de Sissi?
_ Ah! Carol, ela já foi para o intercâmbio, você não se despediu dela?
_ Que intercâmbio Bernardo, você também? Alôô-ow! Sissi sumiu Bernardo! O idiota do Hypollitus sumiu com ela também.
_ Você tá doida Carol? Foi Hypollitus quem sumiu! Ninguém o vê há mais de um ano! Sissi estava planejando essa viagem há meses! Não é possível que você não se lembra!
Meu Deus, aquilo estava pior do que eu poderia esperar. Bernardo havia sofrido uma lavagem cerebral! Ah! Não! Meu pai morto, Erick e Sissi desaparecidos e agora eu ainda teria que lidar com Bernardo dominado. O que eu poderia fazer?
_ Bernardo, onde você está?
_ Na facul, Carol.
_ Olha, presta atenção: vou pedir a alguém pra te buscar aí, tá bom? Tô precisando de você aqui com urgência. _ e, falando isso, desliguei.
Antes de ir para casa eu fui até a escola, procurar a Antonieta na secretaria. Perguntei sobre o intercâmbio da Sissi, inventei que eu também queria fazer. Ela olhou bem nos meus olhos e disse:
_ Você precisa de um tempo para preparar a documentação. Aliás, não sei por quê você não foi com ela, você estava tão animada! Como você sabe, são documentos que demoram para ficar prontos, você não se lembra de que você e ela vieram várias vezes aqui pedindo para acelerar o processo?
Mais uma pessoa dominada. Que horror! Voltei para casa em poucos segundos. Expliquei a situação ao pessoal. Estávamos numa sinuca de bico. Com Erick e Sissi desaparecidos e meu pai... Eu não queria pensar naquilo... Eu falei pra eles que alguém teria que buscar Bernardo.
_ Alfredo vai buscá-lo. _ Xiii! Eu não me atrevia a me lembrar qual foi a reação de Bernardo na última vez que ele “viajou” com Alfredo, mas, tudo bem, ele tinha que vir.
Alfredo começou a se transformar naquela imensa criatura, metade lobo, metade cavalo, na verdade, um centauro com cabeça de lobisomem e, levantando as patas dianteiras, sumiu numa fumaça escura.




PARCERIA NOVA COM RESENHA - BLOG TAMI GAROTA INDECISA

Pois é! A vida sempre nos surpreende as notícias são cada vez melhores. Após meses de idas e vindas com a Tamires do Blog Tami Garota Indecisa, não por falta de vontade, mas, apenas, creio eu, por ainda não ter chegado o momento "de verdade" saiu a parceria, que veio beeem depois de uma linda amizade. E, como ela já havia lido OUTONO, a parceria veio com resenha! Foi uma resenha que me emocionou muito e me deixou muito feliz.
A Tamires se define assim:

"Curiosa Indecisa, Boba, me apego facíl, Sonhadora graças a Deus"  

Muito fofa não é?



E aqui está a resenha que a Tamires fez na íntegra:

A resenha de hoje é muito especial, por que a Valéria antes de ser minha parceira aqui no blog, é minha amiga. Nos tornamos colegas bem antes de termos uma parceria, o que foi ótimo.
Demorei para postar esta resenha, e peço desculpas, mas valeu a pena.
Este livro assim como Golfinhos e Tubarões, entrou para a lista de favoritos do ano, e com classificação de 5 estrelas, isso mesmo, o livro é bom.

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

OUTONO Saga ou Série?
















Relendo uma entrevista que dei há alguns meses, eu percebi que minha ideia sobre isso mudou um pouco. Inicialmente, OUTONO seria uma série, pois, a história se desenrolaria em exatamente um ano. Porém, ao escrever o primeiro capítulo de INVERNO, eu percebi que o tempo passou em mais de um ano: A história terminou no outono de um ano e recomeçou no inverno do ano seguinte.









Muita coisa aconteceu nesse período e houve uma paz relativamente tranquila, então, baseando-me nesses fatos, eu vi que OUTONO vai ser uma Saga de 4 anos. E a Carol vai estar na Universidade na Primavera do ano seguinte, já com 18 anos.

Eu espero que vocês gostem dessa nova forma de apresentar OUTONO - A Saga!

Beijos


Entrevista SOBREVIVENDO ao MUNDO MODERNO

Oi gente, essa entrevista foi publicada no Blog SMM há mais de dois meses. Coincidiu com aquele período difícil de afastamento pelo qual eu passei e então, ela ficou sem ser publicada no meu blog. Aqui está ela, na íntegra, com meu pedido de desculpas à querida Greice Castro. Eu amei responder  a essas perguntas e espero que vocês gostem das respostas:


Boa Tarde Sobreviventes! Mais uma semana se inicia! 
E aqui no SMM vamos iniciar com uma entrevista. A entrevistada é a Valéria Schmitt, autora da série Outono!
Como eu tinha visto várias entrevistas dela e quase sempre as mesmas perguntas tentei diferenciar um pouco.
Sabe qual a melhor parte? A banda escolhida por ela foi Engenheiros do Hawaii - que eu amo de paixão! ♥
Estão prontos? Vamos lá.




SMM: Dentista por formação, já foi professora de ciências, mas antes de publicar seu primeiro livro já escrevia artigos relacionados à sua formação. O que a motivou escrever ficção? Ainda exerce sua profissão anterior ou concilia com a escrita?

VS: Eu sempre fui fascinada por ficção, romance, fantasia e foi exatamente por causa disso que,  depois dos artigos científicos, da coluna do Jornal e do primeiro livro (sobre Programação Neurolinguística), eu quis me enveredar por esses caminhos onde tudo é possível, onde não se tem compromisso com a realidade e a criação é solta, livre! "Foi fantástico escrever fantasia "(sem pedir perdão pelo trocadilho, risos). E, sim, eu ainda exerço a Odontologia, consigo conciliar as minhas duas paixões.

SMM: Como foi sua experiência como professora? Voltaria a lecionar e por quê?

sábado, 16 de novembro de 2013

Nova parceria Blog As Leituras da Mila

Gente,
nada melhor do que uma parceria para marcar a volta à Blogosfera!
Era uma parceria antiga, conversamos há bastante tempo, mas, Deus faz tudo certo e a Michelle publicou justamente agora que estou voltando. É com o Blog As Leituras da Mila:




E a Michelle já fez uma super postagem sobre a nossa parceria, vejam:

Eu espero que logo ela possa ler o livro e resenhar. :)

ESTOU DE VOLTA!!!!!

Meus queridos amigos, parceiros, leitores e colaboradores! Depois de mais de dois meses de ausência, eis que eu retorno com várias novidades, como o fato de termos passado dos 400 likes na página de OUTONO e fresquinho, direto do forno, o tão esperado primeiro capítulo de INVERNO para vocês.

Aqui está:
Foto www.chongas.com.br

INVERNO

CAPÍTULO 1

Nem tudo é como parece


Bem, eu estava ótima! Sentia-me tão bem que, para dizer a verdade, nem parecia que há pouco mais de um ano estive à beira da morte! Erick me ajudou muito, ele se tornou o namorado perfeito e eu às vezes fico pensando que nem mereço tanta felicidade.
 Minha família também estava bem. Meus pais pareciam estar se sentindo mais seguros, bem como todos os outros bruxos da comunidade: Meus tios e primos, Methe e sua família e também Ambrosina. Sim! Bruxos existem e estão espalhados por todo o mundo, inclusive aqui em Pitangui, onde moro, uma cidadezinha linda e tranquila do interior de Minas Gerais.
No ano passado os bruxos do mundo inteiro foram ameaçados por um feiticeiro terrivelmente sinistro e perverso que fez de tudo para me matar para conseguir para si o “Grande Poder” e assim dominar toda comunidade bruxa que vive na atualidade.
Nunca mais ouvimos falar de Hypolitus, esse é o seu nome, ou, como prefiro colocar, era. Ao que parece, o combate épico que eu e Hypollitus enfrentamos no Outono do ano passado o deixou fora de circulação. Nós esperávamos que ele aparecesse assim que se recuperasse _ nunca pensamos que ele fosse sumir de vez depois de ter me perseguido durante dezesseis anos _ mas, como ele não demonstrou estar vivo no último ano, tudo o que pudemos deduzir é que, muito embora bruxos não sejam fáceis de se matar, eu o destruí, apesar de quase ter morrido também.
Sissi e Bernardo continuam namorando e eu estou conseguindo me acostumar com o fato de ter me tornado “famosa” na escola, graças à minha festa de dezesseis anos que minha mãe insistiu em comemorar em alto estilo no ano passado. Esse foi o começo de tudo, foi quando toda a escola começou a prestar atenção em mim e novos “amigos” começaram a aparecer. Antes disso, ninguém, exceto Sissi, prestava a menor atenção em mim porque eu não passava de uma menina, triste, feia e sem graça.
Eu era extremamente tímida, usava um par de óculos horrorosos e vivia me escondendo, mas, com essa festa tudo mudou, inclusive eu comecei a namorar o Bernardo, o mesmo que agora namora minha melhor amiga Sissi. Parece estranho, mas, tudo bem, isso não passou de um engano e é uma longa história. Nessa época, Erick apareceu na minha vida e me conquistou para sempre.