sábado, 3 de agosto de 2013

Entrevista para o Blog Universe for Words

A Coral do Universe for Words, publicou essa entrevista no dia 25 de julho, mas, por algum motivo eu sóa vi hoje!Agradeço do fundo do coração a ela pela divulgação e pela parceria.  Aqui está a entrevista na íntegra:
A autora também me deixou fazer uma pequena entrevista com ela sobre como foi o processo de produção do livro. Fiz dez perguntas, que estão de azul e negritadas e as respostas dela de preto. Confiram:

Valéria, em que momento da sua vida você decidiu que escreveria um livro? Quem foi a primeira pessoa para quem contou e qual a reação dela? 
Eu decidi escrever meu primeiro livro em 2007, quando resolvi colocar no papel minhas experiências com Programação Neurolinguística, logo após ter lido "The Secret". Vi que minhas experiências eram parecidas com as da autora (e de seus colaboradores), porém, pareciam mais reais, pois eu não falava de casas de um milhão de dólares, mas, de experiências comuns do dia a dia e as pessoas poderiam se identificar mais comigo. As primeiras pessoas para quem falei foram meus cunhados, por e-mail (escrevi um e-mail a cada um deles pedindo uma força na publicação) e as reações foram as mais variadas: Alguns apoiaram e outros já foram mais "pé no chão". Um deles me disse para "não trocar os dentes pelas letras" se referindo à minha profissão de dentista, rs.

Você sabia que a carreira de escritora aqui no Brasil é bem difícil, o que te motivou a correr atrás e conseguir publicar seu livro?  
Paixão pura por escrever! Realmente, a carreira de escritora no Brasil não é fácil e fora daqui também não, pois durante o tempo que passei nos Estados Unidos escrevendo OUTONO, o máximo que consegui lá foi alguma Editora de "self-publishing", o que eu não queria.


No que você se baseou para criar os bruxos do seu livro?
Mais uma vez nas minhas experiências (muitas vezes eu usei cenas que aconteceram comigo e as coloquei no livro) e no que eu sonhava e queria que fosse possível quando era mais nova _ Eu adoraria, por exemplo, se pudesse ter poderes de bruxa ou super poderes de vampira. O Erick é mais ou menos o que eu quereria num namorado, se fosse adolescente: Romântico sem ser meloso, forte, protetor, às vezes sarcástico, engraçado, inteligente... Pode ser que eu esteja sendo pouco (ou nada) feminista nesse caso, mas, acho que toda mulher ainda sonha com um príncipe encantado que venha salvar a princesa... Então,  com meus sonhos, minhas vontades e minhas experiências, fui criando os personagens e a história.

Durante o processo de escrita do seu livro, qual foi a maior dificuldade que você enfrentou? Alguma vez você chegou a pensar em desistir?
Depois que escrevi Muito Além do Passado, eu queria muito escrever para Young Adults, cheguei a começar a história 3 vezes, mas, ela não fluía... Eu achei que não fosse conseguir, mas, acho que, apenas, ainda não era o momento, pois, na quarta vez, tão logo eu comecei, a história veio completa, como se eu já soubesse o livro inteiro! Foi muito interessante!

Como você lidou com a sua primeira crítica negativa?
Olha, eu recebi poucas críticas até agora. Até mesmo porque o livro está no ar há pouquíssimo tempo, ainda não tem dois meses, então não deu tempo ainda, rsrs. Mas, como escritora, eu tenho consciência de que nem todos gostarão de OUTONO, nem de meus outros livros e que algumas pessoas não gostarão da minha forma de escrever.  Do mesmo jeito que existem livros que eu li e me apaixonei, existem outros que eu li e não gostei. Dessa maneira, as críticas negativas virão, certamente.
Eu escrevi no Face esses dias: Nem todos gostam de literatura fantástica, nem todos gostam de livros para Young Adults e nem todos gostam de histórias onde há o clichê "mocinha frágil e namorado forte e protetor". Apesar de que minha mocinha não é tão frágil assim, afinal, ela cresce e se fortalece ao longo do livro e depois é ela quem decide o final da história. Como eu disse, assim como existem livros que li e não gostei, existem pessoas que não gostarão de Outono nem da forma como escrevo. Acho difícil lidar com críticas negativas, mas, elas são importantíssimas para o crescimento ( e isso não é clichê, rsrs). E, sobre clichê, todas as grandes marcas, todos os grandes jogos são, no fundo, baseados em clichês, porque pegam uma ideia que funciona e aprimoram. 

Qual o personagem do seu livro que você acha mais parecido com você?
A Carol, sem dúvida! Eu encontro muito de mim nela. Não tenho a insegurança que ela tem no início do livro, sempre fui mais atirada, mas, tenho o romantismo dela. Acho até que ela cresceu e se fortaleceu no decorrer história porque eu sou uma pessoa mais forte e decidida, e, assim fui colocando um pouco das minhas características nela. 

Como você se sentiu quando pegou nas mãos o primeiro exemplar do seu livro?
É uma emoção inexplicável. Até porque eu sonhava com a capa de OUTONO e pensava: "Eu nunca vou conseguir uma capa assim, do jeito que eu quero!" E quando a foto da capa foi descoberta, era tudo que havia imaginado, exatamente igual! Ter nas mãos o livro pronto, ler as palavras que criei com tanto carinho... Tudo isso é fantástico!

Quem é o seu autor(a) preferido e qual o livro dele que você mais gosta?
Gosto muito de José de Alencar! Amo o seu jeito de escrever, os seus livros, as suas histórias... O livro dele que mais gosto é "O Tronco do Ipê". Aliás, falando em Ipês, há um livro que eu li na minha adolescência que eu amei e nunca me esqueci dele. Li umas trezentas vezes e leio mais trezentas, que é o "Quando Florescem os Ipês" do Ganimedes José.

Você sempre gostou de ler?
Sempre! Eu me considerei uma "livrólatra", (como alcoólatra, só que viciada em livros), numa linguagem mais moderna, uma "bookaholic". Aprendi a ler com 3 anos de idade, brincando com minha prima, em uma época em que as crianças somente eram alfabetizadas aos 7, na primeira série. Meus pais nem sabiam que eu sabia ler! Desde então eu vivo no mundo dos livros. Nós só viajávamos nas férias de janeiro, então eu passava as minhas férias de julho trancada na biblioteca da minha casa e muitas vezes não saía nem para almoçar! Sempre, inevitavelmente, eu era vista com um livro nas mãos. Tenho tanta ânsia de ler um livro que, quando meus filhos estavam lendo perto de mim e paravam a leitura, eu pegava os livros e os lia, ou melhor, devorava (foi assim que tive contato com Harry Potter, Percy Jackson e outros que me encantaram.

Tem alguma dica para quem quer ser escritor?
Escrevam com paixão, amem seus personagens, curtam a história! Depois de pronta a sua obra, não desanimem, corram atrás dos seus sonhos, divulguem! Eu já vi vários livros que foram recusados por editoras e depois fizeram um sucesso tremendo somente com o boca-a-boca. E, não se esqueçam de quesempre vai ter alguém que não vai gostar de determinada obra, como também vai haver um número enorme de pessoas que vão amar o que vocês escrevem!

Novamente, muito obrigada pela oportunidade, Valéria. Seu livro será lido com muito carinho e em breve terá resenha aqui no blog.

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